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Mobilidade funcional em idosos: práticas que podem ajudar nesse processo

Com o passar da idade, o público idoso costuma enfrentar problemas que dificultam a sua qualidade de vida. Aliado a isso, está o fato de alguns sofrerem com doenças crônicas e apresentarem queixas em relação à mobilidade funcional.

Sabemos que a maioria desses indivíduos acha essencial preservar a própria liberdade, principalmente na realização de Atividades da Vida Diária (AVDs). Por isso, é interessante contornar o problema de incapacidade funcional por meio de algumas práticas que garantem o bem-estar físico e emocional dessas pessoas.

Portanto, continue conosco e veja mais informações nos tópicos abaixo que ajudam a desenvolver um diagnóstico eficaz na melhora de cada quadro. Boa leitura!

O envelhecimento natural e a mobilidade funcional

Inicialmente, a prática de exercícios físicos e o investimento em uma alimentação balanceada trazem maiores chances de o indivíduo atingir a longevidade. Entretanto, o envelhecimento natural provoca alterações fisiológicas, por isso a pessoa passa a não ter a mesma disposição de outrora.

Sob esse ponto de vista, o quadro pode ser ainda mais nocivo quando estamos diante de casos de sedentarismo entre o público de 40-60 anos. Inegavelmente, nem todos conseguem seguir cuidados diários com a saúde, devido à rotina atribulada, cansaço constante ou medo de cair e gerar lesões.

No entanto, essa falta de prática dificulta o aumento da resistência dos ossos e a flexibilidade corporal. Seja como for, o caminho é sempre seguir protocolos de treinamento físico e não deixar que o corpo sofra consequências que prejudiquem o desempenho locomotor.

O envelhecimento da população e a importância de valorizar esse processo

Segundo pesquisa, até 2019, o público idoso representava 15,7% da população. Atualmente, esse número passou para 16,7%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além disso, uma projeção desse mesmo órgão para o ano de 2060 prevê uma quantidade superior a 25%. Diante desse cenário, é muito importante que autoridades públicas desenvolvam políticas que valorizem esse grupo.

Aliado a isso, é necessário que os prescritores ajam de maneira preventiva a fim de impedir o declínio da força e de todos os fatores que envolvem a mobilidade funcional.

As estratégias que contribuem para a qualidade de vida

Primeiramente, é necessário considerar o histórico do paciente, para depois avaliar a mobilidade funcional, visto que esse procedimento melhora consideravelmente a jornada dele. Em suma, a avaliação é feita por meio de movimentos padrões, tais como agachamento profundo, estabilidade rotacional, elevação da perna estendida, entre outros.

Um método muito conhecido é a dinamometria de membros inferiores e tronco, um teste de flexibilidade e mobilidade funcional conhecido como Timed Up and Go (RAWLINS; CULYER, 2004). Em outras palavras, consiste em levantar de uma cadeira, caminhar em linha reta por três metros de distância, virar, caminhar de volta e se sentar. Certamente, outros métodos podem ser usados para ajudar na avaliação de mobilidade funcional, como:

  • Teste de 6 minutos (DANIEL, BATTISTELLA, 2014);
  • Functional Movement Screen (FMS) (CUCHNA; HOCH; HOCH, 2016);
  • Walk and Turn Test (DOWNEY et al., 2016).

Dessa forma, é possível elaborar um perfil de exercícios que melhora a qualidade de vida do público idoso. Contudo, é importante também entender os benefícios que essas práticas trazem para a saúde mental. Por exemplo, o aumento da liberação da endorfina no momento das caminhadas traz uma sensação de relaxamento. Ademais, permite que o idoso tenha mais disposição e melhore o humor. Logo, ao saber dessas informações, ele ficará motivado a investir nessas ações e obter as melhorias desejadas.

Neste conteúdo, você conheceu quais fatores que afetam a mobilidade funcional dos idosos. Ademais, entendeu, quais estratégias usar para incentivar o condicionamento físico e a busca do equilíbrio entre a mente e o corpo. Portanto, considere tais pontos e traga mais eficácia no atendimento do seu consultório.

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Referências:

CUCHNA, J. W.; HOCH, M. C.; HOCH, J. M. The interrater and intrarater reliability of the functional movement screen: A systematic review with meta-analysis. Phys Ther Sport, v. 19, p. 57-65, 2016.

DANIEL, C. R.; BATTISTELLA, L. R. Uso do teste de caminhada de seis minutos para avaliar a capacidade de deambulação em pacientes com acidente vascular cerebral. Revista Acta Fisiátrica, v. 21, n. 4, p. 195-200, 2014.

DOWNEY, Luke A. et al. The Standardized Field Sobriety Tests (SFST) and measures of cognitive functioning. Accident Analysis & Prevention, v. 86, p. 90-98, 2016.

RAWLINS, M.D.; CULYER, A.J. National Institute for Clinical Excellence and its value judgments. Bmj, p. 224-227, 2004.