Medicina Complementar e Alternativa: aceitações e riscos

As novas práticas de medicina complementar e alternativa estão cada vez mais populares nos consultórios do país, sejam públicos ou privados. Gradativamente, as chamadas PIC (Práticas Integrativas Complementares) estão sendo inseridas nos mais diversos tratamentos de saúde.

Em 2006, o Ministério da Saúde aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas que, neste ano, incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) mais 10 práticas e agora são 29 procedimentos terapêuticos oferecidos pelo sistema. Dentre estas, acupuntura, homeopatia, fitoterapia, antroposofia, termalismo, arteterapia, ayurveda, biodança, meditação, musicoterapia, quiropraxia, reiki, dentre outras.

Para que a medicina complementar e alternativa possa ser realmente efetiva, o SUS oferece cursos e capacitações constantemente, bem como contrata profissionais da área e cria um banco de dados para referência posterior dos resultados obtidos com os tratamentos.

A cada dia, novos estudos apontam o quanto a medicina complementar e alternativa pode trazer diversos benefícios para as pessoas. E cresce cada vez mais a busca por métodos não tradicionais de tratamento e de autocuidado.

Mas afinal, tais práticas integrativas integram o quê?

A medicina complementar e alternativa são um conjunto de práticas que buscam a saúde, o bem-estar, a longevidade das pessoas, considerando o corpo, a mente e alma também, muitas vezes. É um olhar holístico para a pessoa; em outras palavras, é preciso levar em conta até os aspectos emocionais do paciente para fazer um bom diagnóstico e um bom tratamento.

E, por mais que a medicina ocidental já tenha aceitado que algumas dessas práticas, como a acupuntura e a fitoterapia realmente geram resultados, as práticas integrativas ainda são muito marginalizadas pela ciência.

Contudo, com tantos estudos e pessoas interessadas nos assuntos, vale a pena se voltar para o assunto e estudar quais destas podem ser associadas ao tratamento oferecido ao paciente.

E como está sendo na prática?

Desde o início da incorporação da medicina complementar e alternativa ao SUS, a procura pelos serviços tem crescido exponencialmente. Estes são oferecidos por iniciativa local, mas recebem financiamento do Ministério da Saúde por meio do Piso de Atenção Básica de cada cidade.

Segundo o portal da saúde do governo de Minas Gerais, em 2016, mais de 2 milhões de atendimentos utilizando medicina complementar e alternativa foram realizados nas unidades básicas de saúde, destes mais de 770 mil foram de Medicina Tradicional Chinesa, que inclui a acupuntura; 85 mil foram de Fitoterapia e 13 mil de Homeopatia. Mais de 926 mil foram de outras práticas integrativas que não tinha um código próprio para registro, mas que passaram a ter com essas novas 10 práticas que foram inseridas no SUS.

Atualmente são cerca de 1700 municípios trabalhando com as PIC, sendo 78% na atenção básica, 18% na atenção especializada e 4% na atenção hospitalar. São mais de 7700 estabelecimentos de saúde oferecendo alguma prática integrativa.

O mais importante é considerar o contexto do paciente e, como citado anteriormente, se atentar quais das PIC podem ser incorporadas ao tratamento.

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Referências: Agência Brasil, Saúde MG, Flow

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